03 setembro 2007

Uma valsa vienense

Na semana passada, negociadores de 154 países se trancaram num salão de Viena para acertar os primeiros passos do que pode ser um acordo pós-Protocolo de Kyoto.


Os países ricos (chamados Anexo 1) concordaram que devem cortar suas emissões de gases-estufa, até 2020, entre 25% e 40% em relação aos índices de 1990, para tentar evitar as conseqüências perigosas das mudanças climáticas. Hoje, eles seguem uma redução de 5,2%, em média, em relação a 1990, até 2012. É um patamar muito, mas MUITO, aquém do que é necessário.

O texto foi aplaudido por 10 segundos após sua aprovação. Todavia, há contudos.
- Esse é um avanço relativo, especialmente após os negociadores passarem tanto tempo sem um consenso. Porém está todo no condicional (vide itálicos), sem prazos e mandatos, que começarão agora a serem debatidos
- É esperado que países ricos, por sua responsabilidade histórica, assumam metas ainda mais restritivas. Acontece que os países "pobres" ficaram novamente de fora. E China já emite tanto quanto os Estados Unidos. Sem a participação dos países "pobres" o problema não será resolvido. É um baita descompasso

"E o Brasil?", você pergunta. Bom, meu caro, o Itamaraty está dando um chá de cadeira em quem espera que o País assuma metas mandatórias de controle dos gases-estufa. Mas ainda há tempo de brasucas aprenderem a bailar.

Nenhum comentário: