Mais de mil empresas chinesas estão na lista negra ambiental
Pequim, 04 Set (Lusa) - A Administração Estatal de Proteção Ambiental (Sepa, na sigla em inglês) da China colocou 1.162 empresas e projetos na lista negra de contaminação ambiental só desde julho, informou nesta terça-feira a imprensa estatal chinesa.
Segundo o subdiretor da SEPA, Pan Yue, a agência fechou 400 empresas e as demais foram suspensas e multadas. O objetivo da ação é deter as emissões poluentes nas bacias dos rios Amarelo, Yangtse, Huaihe e Haihe, os maiores do país, de acordo com a agência noticiosa oficial Nova China.
Segundo Pan, no entanto, o fim das atividades de algumas unidades ainda está longe de solucionar o problema da poluição ambiental no país. "É necessário estabelecer um sistema de proteção ambiental para limitar o desenvolvimento de indústrias com altos consumos energéticos e altos níveis de emissões de poluentes", afirmou o subdiretor. (...)
A China é um desastre ambiental per si. Soluções são utopia. Mas o paliativo traz uma lição.
Desde o primeiro semestre, a Cetesb mapeia as 100 empresas que mais emitem gases-estufa no Estado de São Paulo. É a chamada Proposta Goldemberg, idéia lançada pelo então-recém-ex-secretário de Meio Ambiente, José Goldemberg, durante um evento sobre mudanças climáticas e acolhida por seu sucessor, Xico Graziano.
A lista está quase pronta. Porém, a equipe técnica verificou algumas incorreções nas informações passadas pelas empresas. Como cada uma usava a metodologia que melhor lhe convinha, há distorções gritantes: petroquímicas, por exemplo, não estão no topo das principais emissoras, nem perto dele.
A Cetesb está então revisando os dados e padronizando a metodologia. Mas necas de divulgar os nomes das empresas por enquanto. Existem negociações, pressões, arranjos.
Ninguém quer ficar mal na fita. Ninguém quer montar uma lista negra, como a chinesa.
04 setembro 2007
O negro não tão negro assim
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